Esvaziar de tua terra minhas pegadas
Se tu não vês minhas ondas
O meu imenso azul se abrir
Na concha, escutei teu sereno
Tuas chuvas deliciaram meus cabelos
O sol de tuas palmas movimentou meu oceano...
Não pisa teus pés minha areia, com zelo.
Com zelo é sempre engano.
Paixão é misturar-se ás águas
Do mar bravio sem qualquer plano.
É quem pisa os corais e se engendra
no mel. Ou se melindra
a outra criatura
no próprio mel, por alma pura...
Então assim, desconstruído e dorido
bravio e ferido...
É que de tanto mel separa
o mel. E resguarda,
por indulgência a água salgada.
Ou por soluço ou mágoa com medo mesclada
ou por amor e mais nada.
Direitos autorais de Maithê de Oliveira
Amo ler tuas poesias é como sonhar leve, livre e solta.
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